quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

De volta!

                A faculdade rouba-me o tempo todo para falar deste amor, os poucos momentos que tenho tido de Sporting são unicamente para ver os jogos e pouco mais, mas ao que parece não sou a única “apagada” já em Janeiro do futebol.
                Na realidade, “nós somos da raça que nunca se vergará”, pelo menos nós adeptos que nunca desistimos ou baixamos os braços a todas as dificuldades enfrentadas pela equipa e as desculpas das arbitragens já vão de longe a roçar no ridículo quando a equipa não realiza os jogos com o maior prestigio possível.
                No dia 14 de Setembro, dia em que entramos em campo no Santiago Barnabéu, levávamos quatro vitórias em quatro jogos no campeonato, - onde um deles tinha sido contra o Porto -, éramos lideres isolados no topo da tabela e a equipa parecia confiante e motivada, apesar das mexidas na mesma nada fazia parecer que o terror se aproximava… nesse mesmo dia, o Sporting vê-se a ganhar por uma bola no estádio do detentor da Champions League e em dez minutos acaba por, num desaire, perder o controlo do jogo e sofrer dois golos. Até aqui tudo parecia normal, são raras as equipas que vão a casa do Real Madrid ganhar jogos, e, apesar de não sermos os outros, o nosso plantel será sempre inferior ao da equipa madrilena. O que não parecia ou parece normal foi depois desse jogo o que aconteceu em Vila do Conde, onde vimos uma equipa apática e sem qualquer tipo de resposta aos ataques da equipa do Rio Ave e o murro na mesa deveria ter sido dado aí, ao intervalo desse jogo, onde os jogadores achavam que a exibição em terras espanholas fazia esquecer o péssimo jogo que estava a acontecer no norte.
                Depois do jogo em terras nortenhas tudo veio a piorar, vitórias morais não existem quando se fala numa equipa sem raça e sem ambição em vencer. O jogo seguinte em casa foi frente ao Estoril e foi o que foi, se o jogo tivesse mais uma parte, se calhar, não tínhamos conseguido vencer, pelo menos trememos, pois, a ganhar 3-0 deixamos o Estoril marcar dois golos em Alvalade. Posteriormente, para o campeonato somas três empates (Guimarães fora, Tondela em casa e Nacional fora), ganhas três pontos quando o objectivo era ganhar nove e pelo meio tens uma vitória pouco convincente frente ao Légia, para a Champions, uma vitória para a Taça em Famalicão e uma derrota (vitória moral, como vocês lhes chamam) frente ao Dortmund em casa. Após isso há uma derrota na Alemanha, uma derrota que se a equipa de Jorge Jesus tivesse jogado na primeira parte como jogou na segunda tinha trazido uma vitória; para a liga conquistas três pontos frente ao Arouca, em Alvalade, numa exibição aceitável; voltas a perder contra o Real Madrid, desta vez em casa, numa exibição pouco ou nada conseguida na primeira parte, onde obrigada a equipa a correr atrás do resultado na segunda, marcando um golo, mas não tendo pernas para correr atrás do segundo, acabando por sofrer o segundo golo quase nos descontos.
Seguem-se duas vitórias para o campeonato e mais seis pontos no bolso, numa dessas jornadas há um deslize da equipa orientada por Rui Vitória o que fez a equipa de Jorge Jesus sonhar na deslocação à Luz, a meu ver nem foi assim dos piores jogos, talvez seja o jogo da época onde nos podemos queixar mais da arbitragem, apesar disso não dar pontos, e terem sido falhados muitos golos de baliza aberta. Encontrávamo-nos neste momento a meio de Dezembro, a cinco pontos do líder e já atrás do Porto, a jornada seguinte era em Alvalade frente ao Sporting de Braga, um jogo no qual não se vê Sporting e este acaba por perder, com um golo de Wilson Eduardo ao minuto 70, colocando-se assim a oito pontos do líder Benfica. Na jornada seguinte, a meio da semana, em Belém, e apesar do resultado positivo, a equipa orientada por JJ viu-se novamente às aranhas e com pouca ambição e/ou vontade de vencer o jogo. No primeiro jogo do novo ano recebemos o Feirense e ganhamos o jogo por 2-1, com uma boa primeira parte, mas, num jogo, que após a saída do Adrien, se transforma num terrível pesadelo.
No fim-de-semana passado, depois de um Benfica vs. Boavista ter ditado um empate no marcador a equipa verde-e-branca tinha todas as possibilidades de se colocar, novamente, na luta pelo título, em Chaves, tinha a possibilidade de ficar a seis pontos do líder, mas tal não aconteceu, entraram em campo quase a perder o jogo e ainda conseguiram dar a volta ao marcador, mas após a expulsão de Rúben Semedo e com a equipa descompensada no que toca a defesas acaba por sofrer um golo, por erros técnicos infantis. O mesmo voltou a acontecer na noite de ontem, a equipa orientada por Raul José, uma vez que o treinador dos leões se encontra castigado, esteve apática grande parte da partida, permitindo inúmeras jogadas da equipa adversária e acaba por sofrer um golo ao minuto 87 por culpa própria, após um mau alivio de Bryan Ruiz e, sucessiva, falta de Bruno César numa zona fulcral do campo.
Neste momento somos um Sporting sem grande rumo, estamos a oito pontos do primeiro lugar e é a única competição pela qual nos resta lutar, nós – sócios e adeptos -, não desistimos, não abandonamos o barco, nem baixamos os braços e vocês? Se por um lado queria que Jesus saísse, por outro não… não por “lutas” com o Benfica, ou o que quer que seja, mas porque não seria outro treinador que nos ia dar as vitorias que foram derrotas no passado, não é por uma época menos conseguida que têm de ser posto o trabalho de uma direcção ou de uma equipa técnica em causa. A falta de ambição dos jogadores, aqui, é que está em causa, os ordenados elevados e o facto de serem cartas certas no baralho do treinador fazem com que estes percam a motivação de jogar à bola, não deveria, mas assim o é… até porque muitos não sentem o peso da verde e branca como nós.
Resta-nos lutar pelo campeonato, mesmo que já pareça perdido, sem margens para erros, e isso tem de ser o papel de Jesus ou de outro treinador qualquer, tem de ser o papel dos onze jogadores que entram em campo e dos restantes que ficam sentados no banco de suplentes à espera que lhes seja dada uma indicação para entrar. Tem de haver mais esforço, mais dedicação, mais devoção e, sobretudo, mais glória, é e será sempre o nosso lema!


Acredita Sporting!

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